As Mulheres Sempre serão Flores em Qualquer Estação da Vida



As mulheres sempre serão flores em qualquer estação da vida!

Algumas são botões, outras estão começando a florescer.
Há aquelas que são promessas de cores esplêndidas e as que já não têm mais o viço do início da floração.
Há mulheres Margaridas, coloridas e leves.
Há as que são clássicas como as Rosas e as Palmas.
As mulheres despojadas são Flores do Campo.
As requintadas são Tulipas e as raras são Orquídeas.
As Flores-de-Maio, são resistentes, resilientes, rústicas, discretas. Dizem até que dão frutos. O que sei é que quanto mais se dividem, mais se multiplicam e florescem no outono.
Este Blog é de todas elas, porque

As mulheres sempre serão Flores em qualquer estação da vida!

Em tempo: os homens tambem são muito bem vindos!

Flor de Maio


Essas são as Mais Belas Flores desse Jardim!

As Mais Belas Flores do Meu Jardim

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fazer Escolhas


 
"Você faz suas escolhas, e suas escolhas fazem você."
Steve Beckman

Reflexões: Não trate! - Martin Grotjahn


Dia 27 de Agosto tambem é o dia dos Psicólogos.
Eu sei, gente, já passou!
Mas é que eu estava muito ocupada comemorando o aniversário do Florescendo (rss).
Na verdade, eu estava procurando um texto muito especial que recebi de uma professora ainda na faculdade. As palavras de Martin Grotjahn  me marcaram profundamente e, desde então, venho tentando exercitá-las em minha vida profissional. Foi através de Martin Grotjahn  que percebi que a maior função do psicólogo não é "empurrar" o paciente no caminho que ele (psicólogo) acredita ser o melhor. Sua função é respeitar cada ser humano como único e deixar que cada um encontre seu caminho pessoal para o equilíbrio emocional, apenas apoiando-o quando necessário.
Não reparem na tradução, pois foi feita por mim (o texto estava em ingles e não achei nenhuma tradução oficial na Internet).
Feliz Dia dos Psicólogos!
Espero que gostem do texto!

"Certa vez li alguém descrevendo como Charlie Chaplin costumava ensinar a arte de atuar para alguns jovens. Seguindo as instruções de Charlie para um exercício, um jovem pareceu realizar bem e de forma tranquila a tarefa proposta. Mas, repentinamente, Charlie saltou de sua cadeira em um canto do estúdio e gritou bem alto: "Não atue!" "Não atue!" Esta era quase sempre a sua única, mas freqüentemente repetida, mensagem para a classe. Fiquei impressionado.
 
Anos mais tarde, ouvi o Dr. Foulkes dizer em uma palestra sobre psicoterapia: "Não trate! Que não é esta a sua atribuição." Eu estava intrigado sobre o que ele queria dizer. Afinal, pensei, isso é o que meus pacientes esperam que eu faça e pelo o que sou pago para fazer.
 
Trabalhei com o que costumam chamar de "supervisão" para alunos ou psicoterapeutas iniciantes_ mas não por muito tempo. De acordo com as regras, eu teria que vê-los toda semana. Eu sempre estive muito ciente de que o terapeuta estudante é quem está face a face com o paciente, não eu. Assim sendo, que arrogância, que orgulho, assumir que eu sabia muito mais, do que o terapeuta do paciente! E, além de tudo, eu deveria fazer isso toda semana! Pensei. Não, eu não seria capaz de continuar sob nenhuma circunstância. Então parei.
 
Resolvi que deveria mudar a minha abordagem e disse: "Não venham a cada semana. Venham quando sentirem que precisam, quando quiserem falar sobre si mesmos e seus pacientes. Não vamos chamar esse nosso encontro de supervisão, mas de “consulta".
 
Agora sinto que temos vida em nossos encontros, o que meus jovens colegas costumam chamar de meu jeito "informal de ensinar". Eu não estava tentando ser "informal". Eu esperava, como ser humano, tentar entender o que os relatórios dos atendimentos ocorridos na faculdade, queriam nos dizer, nada mais. Os jovens interessados buscam saber muito, aprender muito, passam por testes e exames_ quando podem comprovar o que aprenderam _ então eu tenho que mostrar a eles que, tudo isso simplesmente não é o suficiente.
 
Muitas vezes eu ouvi a voz de Foulkes dizendo: "Não trate" Finalmente eu consegui dezê-lo para mim mesmo.
 
Aprender tudo, ler muito, tentar acompanhar tudo o que está acontecendo no meio profissional, tentar entender o outro, saber todas as respostas,  é importante. Mas é preciso perceber que tudo isso não é suficiente. Então esqueça tudo que você aprendeu (mantendo apenas algumas poucas regras básicas de ética na reserva). Seja livre, seja independente. Pense na teoria seja ela qual for, mas pense para si mesmo.
 
E só então você estará no caminho de se tornar um terapeuta dentro dos próximos 800 anos.

Olhem para as minhas magnólias. Eles não sabem como viver e nem eu, elas buscam se manter e eu tento mantê-las úmidas ou secas, na sombra ou no sol. Eu as alimento um pouco, uso fertilizante quando acho necessário. Eu posso retirar um caracol aqui ou uma lagarta acolá, para mantê-las bem no meu ou em qualquer jardim vizinho, mas acima de tudo, onde eu possa vê-las crescer. Aprendi que, mesmo que nada faça, elas florescem de qualquer forma, mais bonitas e abundantes do que nunca."

Martin Grotjahn

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Selinho Comemorativo do Nosso Primeiro Aniversário!



Para todas as lindas flores e os belos arbustos que fazem desse pequeno jardim um lugar muito especial para mim, ofereço essa lembrancinha do nosso primeiro aniversário.
Mais uma vez, obrigada a todos pelo carinho, pelos comentários, pelas sugestões, pelas críticas sempre construtivas e, principalmente, pela amizade!
Beijos e um lindo final de semana,
Flor de Maio

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Aniversário no Jardim!

O nosso jardim fará um ano de existência agora no próximo sábado e estou muito, muito mesmo, feliz por isso!
A idéia de fazer esse blog surgiu em um dia de manhã bem cedinho, quando só eu e minha cachorrinha estávamos acordadas em casa. Lembro-me que havia dentro de mim um enorme sentimento de tristeza e solidão. Somava-se mais um ano sem a presença de meu pai que faleceu no dia 27 de agosto de 2005. Alguns podem pensar, “mas depois desse  tempo ainda dói tanto?” O que posso dizer é que a dor muda, mas não passa. Minha dor se transformou em uma enorme saudade, aquela saudade boa no sentido de aceitar o fato e conseguir relembrar os momentos felizes. Mas mesmo assim, saudade. Não evoco lembranças tristes de seus últimos momentos, isso não!
Acho que a tristeza daquele dia vinha da vontade de falar com alguém que como ele, entendesse meus questionamentos, minhas dúvidas, minhas confusões, que respeitasse minhas opiniões e me instigasse a questioná-las.
Naquele dia eu sentia o peso da idade e como isso incomoda quando não se reflete apenas em se ter mais sabedoria... Naquele dia percebi o quanto eu havia envelhecido, por fora e por dentro, desde que ele partiu. Eu sabia que, se ele ainda estivesse aqui, teria alguma coisa boa para me dizer, para me fazer pensar e acreditar que, mesmo sozinha, cheguei até aqui, a algum lugar. Mas ele não estava...
Pensei em falar com alguém, mas quem?
Eu estava em um daqueles momentos nos quais precisamos desabafar, mas sabemos que nada do que o outro disser nos fará sentir bem.
Melhor calar? Quem sabe escrever?
Eu não sabia. Naquele momento acho que não tinha muito a dizer, sentia tanto e tão intensamente que não havia lugar para palavras...
Pensando em fugir desses pensamentos incômodos, busquei me distrair um pouco no computador.
Nunca fui tecnofóbica, mas também nunca dediquei horas a fio a conversas na internet. Não gosto de Facebook, parece a versão digitalizada da Revista Caras, só que exibe fotos e mensagens (?) de “desconhecidos” que conhecemos. Nunca consegui conversar no MSN, no máximo “cutucar” minha filha quando ela estava online. Então o que fazer?
"Matutando" tudo isso enquanto mexia no computador, cheguei a uma página que dizia “crie seu blog gratuitamente”. Acredito que desafios sempre ocupam bem “a oficina do diabo” quando ele está sem trabalho e comecei a tentar. Fiquei ali totalmente entretida com a construção do blog por horas e horas. Toda a ajuda que precisei, recebi de forma totalmente virtual, através de blogs como o Dicas Blogger, que é fantástico e que faz com que qualquer um se sinta um expert rapidinho.
O título, Florescendo no Outono, era o nome correto para aquele meu momento. Florescendo no Outono da Vida, foi um desabafo que só depois descobri que tinha o nome técnico de “post”. Sim, eu estava finalmente florescendo!
Só falei sobre o blog com meu marido, minha filha e duas amigas. Uma dessas amigas foi minha primeira e única seguidora por muito tempo. Mesmo assim me sentia feliz e, como na psicanálise, eu falava muito mais para mim mesma do que para alguém em especial.
Tempos depois, surgiu um primeiro comentário de uma segunda seguidora, a Gaspas do blog Acuadoiro, uma gracinha de pessoa que mora em um paraíso localizado em Portugal. A sensação foi fantástica!
À partir daí, muitos outros comentários foram chegando, florzinhas foram aderindo ao meu jardim e, principalmente, eu nunca mais me senti só.
É impressionante como acabamos fazendo realmente amigos aqui! A Flavinha, do Blog “Compartilhando Idéias com uma Mulher de Trinta e Poucos Anos”, em um de seus mais belos posts, disse que as amizades que aqui se formam não têm nada de virtuais, são reais. Concordo totalmente. Cada nova florzinha (ou arbusto para que os homens não me levem a mal!) que surgia no meu jardim, além de torná-lo muito mais bonito contribuiu para que eu nunca mais estivesse só.
Quando me senti “Nublada e Sujeita à Chuvas...”, foi a Aline do Blog “Muitas Coisas Por Aí”, quem fez meu sol brilhar novamente.
A Chica do Blog “Cuidando do Nosso Canteiro Interior, sempre esteve tão presente semeando sua sensibilidade amiga nos espaços vazios dos meus mais recentes canteiros...
A querida Dayse, que já tem nome de flor, compartilhou comigo o nascimento do Gabriel seu netinho no seu belíssimo Blog “Nas Lentes da Vida” ,  me permitindo assim participar de um momento seu tão especial!
 Sor Cecília, do Blog “Estoy a Tu Lado”, que realmente está ao nosso lado quando precisamos de uma palavrinha amiga.
Conhecer Ariel, do Blog Atlantis-Ariel, foi fantástico! Além dela ser uma pessoa muito especial, pude ter a dimensão real do que é esse mundo virtual, afinal eu estava falando com alguém na Romênia, gente!
Flor de Maio, minha chará e taurina como eu, com interesses tão semelhantes!
Mafalda S. (S. que acredito ser abreviatura do  sobrenome Sorriso), do Blog “A Felicidade é o Caminho”,  sempre com comentários positivos.
Flor de Março, que anda sumida, mas sabe o quanto eu a adoro.
Quando escrevi sobre minha mãe, sobre meus queridos que já se foram e  sobre meus questionamentos mais íntimos, quanto carinho recebi de todos vocês!
A Flor de Lis, a Flor Alpina, a Flor da Serra, a Lecy´ns, Fabi a Loba (que está mais para gatinha!!!), a Maria Célia, a Michelli, o Alessandro Padilha, o Daniel Roman, a Cátia Bosso, a Neuzinha, a Maria Alice Cerqueira, a Vera Lúcia Duarte, a Amapola, a Meire, a Lena, o Jeferson Cardoso, a Victória, a Majoli, a Maria Alice Marques, a Vivian, a Teddy, a Elissama...
Seria impossível citar todos, falando o quanto realmente cada um de vocês representa para mim. Assim, os blogs citados foram escolhidos por terem sido os primeiros a comentar ou a participar deste jardim. Sem flores este blog seria um terreno baldio e não esse jardim que vocês me ajudaram a criar. Gostaria de agradecer cada carinho, cada palavra, todos os ensinamentos recebidos de cada um de vocês neste primeiro aniversário do Florescendo no Outono!
Amo muito todos vocês!
Beijinhos :)
Flor de Maio

A Conquista da Juventude


Tenho andado sumida, citando pessoas que admiro ou postando textos que me tocam, só para continuar cuidando um pouquinho desse jardim. Além da falta de tempo, principalmente por um tratamento de saúde de minha mãe, o trabalho profissional anda atrasado e estou tentando colocá-lo em dia.
O que aconteceu foi que minha mãe operou os dois olhos, um de cada vez, de catarata. Até aí tudo bem, já que esta é uma operação super simples e que não costuma dar problemas, pelo menos para quem à ela se submete. Mas a recuperação... Bem aí é outra coisa. Nos primeiros sete dias são três colírios, dois de três em três horas e outro de seis em seis, terminando o dia com os três juntos às dez horas da noite. Sem falar que, entre a colocação de cada colírio deve haver uma espera de cinco minutos, imaginem o tempo que isso tudo demandava.
As consultas são semanais e o atendimento por ordem de chegada, sendo que a médica chega quando quer. Era praticamente o início das Olimpíadas Geriátricas, porque à cada semana os velhinhos procuravam chegar mais e mais cedo. Todos ali já se conheciam, parentes acompanhantes e os velhinhos “im pacientes”, pois além da convivência semanal, no dia da cirurgia todos nós nos encontrávamos na sala de espera do Centro Cirúrgico. Era praticamente uma reunião social, todo mundo se tratando pelo nome e trocando experiências. A consulta semanal em si durava o tempo suficiente para olhar o olhar cansado pela espera do paciente, dizer que estava tudo correndo bem, mudar a ordem dos três colírios e dizer “até a próxima semana!”.
E que semana! Como já disse anteriormente, sou filha única, meu trabalho fica bem próximo à casa de minha mãe, mas mesmo assim tive que contar com a ajuda do maridão e da filha para dar conta dos horários. Essa confusão toda durou dois meses mais ou menos, porque quando um olho fica bom, começa tudo de novo no outro. 
Bem, em uma dessas consultas semanais, buscando desesperadamente o que ler para passar o tempo, encontrei em uma das duas únicas revistas disponíveis (na verdade semanários religiosos, o Hospital é Católico) um artigo que me chamou a atenção. Não pretendo reproduzi-lo por inteiro, mas apenas uma pequena parte que achei muito interessante.
“Meu amigo Francisco acreditou que, a partir dos 60 anos, já não podia mais iniciar nada e, por esse motivo, não parou de se repetir. Morreu precocemente por não ter sido capaz de entender que, depois de deixar de ser natural, a juventude é uma conquista.
Betty Milan (psicanalista e escritora) 
Olhando à minha volta e vendo todos aqueles velhinhos ali conquistando um novo olhar, uma nova maneira de viver e uma nova forma de se relacionar com o mundo, resgatando um pouco da sua independência, percebi que a mais velha naquela sala era eu.  
Beijos

domingo, 14 de agosto de 2011

O milagre da empatia - Atribuído à Artur da Távola


Recebi esse texto lindíssimo de uma amiga querida por e-mail. Depois de ter publicado um texto anterior e ter recebido uma correção, super válida aliás, quanto a sua autoria, limito-me a dizer que este foi atribuído ao nosso querido Artur da Távola. Espero que gostem tanto quanto eu, já que fala de um sentimento tão em falata na praça...
Bjs :)

O mais difícil dos sentimentos é o sentimento do outro. O outro é ele e és tu. Ele é realmente o outro ou é a parte tua que não queres ser, saber, ver ou aceitar? Tu és o outro para os outros, logo és igual a ele. Todos somos “outros”. E, no entanto o outro invade, ameaça, mastiga de boca aberta, irrita, eriça, machuca.

Até teu filho é o outro. E tu, pobre pretensioso, pensas que ele é teu...

O sentimento do outro quantas vezes te faz parar, meditar, deixar de fazer o melhor que tens ou podes, só porque o outro é o mistério que te ameaça. Por que o outro te ameaça? Porque és tu. Quanto maior teu sentimento do outro, maior será teu o sentimento do melhor e do pior que tens.

O sentimento do outro não é sentir por ele. É saber o que ele sente. É avaliar o como e o quanto ele sente. O sentimento do outro não é o masoquismo de fazer teu, um sofrimento que só a ele pertence. É dimensionares a medida certa do sofrimento dele e só poderes ajudar porque não fazes teu um sofrimento que é alheio mas o entendes e sentes, na exata medida de sua extensão, sem as marcas e as limitações da dor enquanto dói. Não é ficar como o outro. É ficar com o outro. O sentimento do outro é quase um milagre. Cuidado com ele, vai te obrigar a ceder, a entender. Atrapalhará para sempre teu desejo, tua gula e vontade.

O sentimento do outro é aquilo que é mais prático não ter. Mas, em caso positivo é contágio de saúde: não podes deixar de exercê-lo. Senão fermentas. Senão apodreces.

Ele freará tua vitória, calará teu brilho e tua boca, impedirá tua vaidade. Pode, até, te pregar a suprema peça de te fazer entender os detestáveis. Cuidado com ele! Quanto maior, mais anulador! Quanto mais anulador, mais repleto de grandeza”.

O sentimento do outro, talvez te faça tímido, herói, cais, antena. Ser antena dilacera, sabias? O sentimento do outro te exigirá nervos, músculos, e uma paciência de anacoreta. Quanto mais o outro o perceba em ti, mais ele te invadirá, cobrará, exigirá, até quando, exaurido, ainda consigas juntar os cacos do teu cansaço para, ainda assim, prosseguir.

O sentimento do outro é tua glória e tua tragédia! Tanto mais o terás quanto encontres em ti os escaninhos escurecidos do que és e, ao mesmo tempo as luzes do que, ainda puro, brilha em ti.

O sentimento do outro é o conteúdo oculto do amor ao Próximo.
Atribuído a Artur da Távola

sábado, 13 de agosto de 2011

Saudades de Artur da Távola


"É preciso saber dar a devida dimensão de tudo em vez de ser dimensionado pelo que acontece."
Artur da Távola