As Mulheres Sempre serão Flores em Qualquer Estação da Vida



As mulheres sempre serão flores em qualquer estação da vida!

Algumas são botões, outras estão começando a florescer.
Há aquelas que são promessas de cores esplêndidas e as que já não têm mais o viço do início da floração.
Há mulheres Margaridas, coloridas e leves.
Há as que são clássicas como as Rosas e as Palmas.
As mulheres despojadas são Flores do Campo.
As requintadas são Tulipas e as raras são Orquídeas.
As Flores-de-Maio, são resistentes, resilientes, rústicas, discretas. Dizem até que dão frutos. O que sei é que quanto mais se dividem, mais se multiplicam e florescem no outono.
Este Blog é de todas elas, porque

As mulheres sempre serão Flores em qualquer estação da vida!

Em tempo: os homens tambem são muito bem vindos!

Flor de Maio


Essas são as Mais Belas Flores desse Jardim!

As Mais Belas Flores do Meu Jardim

terça-feira, 5 de julho de 2011

Rosas Vermelhas para Meu Pai




Hoje meu pai faria 86 anos...

Meu pai sempre foi uma pessoa alegre, brincalhona. Apesar de impaciente nos últimos tempos de sua vida, foi um pai muito presente e paciente na minha infância. Era com ele que eu passeava nos finais de semana, ia ao zoológico, ao Pão de Açúcar, brincava no Parque da Cidade. Foi com ele que aprendi a pescar, a gostar da natureza e a amar as flores.

Ele era muito especial, um homem sensível que gostava de ler romances, de ter sua casa muito bem arrumada e sempre enfeitada por rosas vermelhas. Aliás, vermelho era sua cor favorita.

Meu pai era uma pessoa romântica e, mesmo sem ter nenhum ouvido musical, gostava de Frank Sinatra, Billy Holiday, Mariza Monte, Roberto Carlos, Dolores Duran e Chico Buarque. Mas não arriscava cantar nem “Parabéns para Voce” nos aniversários da sua única neta, pois sabia que poderia assustar a gurizada.

Gostava de cozinhar, de levar café na cama para minha mãe, sempre com uma flor na bandeja e o jornal do dia. Gostava da noite, era boêmio, adorava “jogar conversa fora” e tinha muito orgulho da beleza de minha mãe.

Sempre foi considerado uma pessoa elegante, pois fazia questão de estar sempre bem arrumado, de barba feita e cheiroso. Mesmo quando teve câncer, nunca teve aspecto de doente, continuava corado e fazendo suas caminhadas diárias.

Gostava de gente. Conversava com qualquer pessoa com muita facilidade. Não falava línguas estrangeiras, mas, mesmo assim, passeou pela Europa sem excursão e fez inúmeros amigos em todos os países que visitou. Isso sempre foi um enigma para mim!

Foi com ele que aprendi a gerenciar minhas finanças desde o tempo da mesada. Aprendi responsabilidade, argumentação e, principalmente, aprendi que na vida o humor é fundamental.

Devo-lhe meu amor pela leitura, já que era comum ele chegar em casa com três livros: um para minha mãe, outro para mim e um para ele. Líamos, trocávamos os livros e os discutíamos juntos na sala de TV.

Foi com ele que aprendi o gosto pelo trabalho, a garra para ganhar a vida, a força de vontade e a curiosidade pelo novo, o “moderno”. Aos setenta e cinco anos meu pai aprendeu a lidar com o computador, a entrar na Internet, consultar o andamento dos processos nos quais trabalhava (ele era advogado) e a ler e enviar e-mails.

Sinto falta do seu telefonema diário, do seu carinho, do seu colo gordinho e do seu abraço gostoso. Sinto muito, muito mesmo a sua falta!

Estive intensamente com ele nos últimos tempos de sua vida quando lutava contra um câncer na bexiga. Participei da sua luta e dos seus momentos de desânimo e jamais esquecerei das nossas conversas no hospital. Meu pai morreu inesperadamente de embolia pulmonar, após nove cirurgias e apesar de ter vencido completamente a doença.  

Aprendi muito com ele e graças a Deus tive tempo de agradecê-lo antes que partisse. Espero que ele esteja em um lugar muito especial repleto de rosas vermelhas e ao lado de nossos queridos que já se foram.

Obrigada por tudo e um beijo enorme em seu coração pai!