As Mulheres Sempre serão Flores em Qualquer Estação da Vida



As mulheres sempre serão flores em qualquer estação da vida!

Algumas são botões, outras estão começando a florescer.
Há aquelas que são promessas de cores esplêndidas e as que já não têm mais o viço do início da floração.
Há mulheres Margaridas, coloridas e leves.
Há as que são clássicas como as Rosas e as Palmas.
As mulheres despojadas são Flores do Campo.
As requintadas são Tulipas e as raras são Orquídeas.
As Flores-de-Maio, são resistentes, resilientes, rústicas, discretas. Dizem até que dão frutos. O que sei é que quanto mais se dividem, mais se multiplicam e florescem no outono.
Este Blog é de todas elas, porque

As mulheres sempre serão Flores em qualquer estação da vida!

Em tempo: os homens tambem são muito bem vindos!

Flor de Maio


Essas são as Mais Belas Flores desse Jardim!

As Mais Belas Flores do Meu Jardim

domingo, 28 de novembro de 2010

Eu te critico e não te aceito, mas você não tem nada a ver com isso!






De todas as coisas que podemos experimentar o que mais nos assusta e mobiliza é aquilo que traz como resultado a mudança, o inesperado. Não importa se a transformação em questão é para o melhor ou para o pior, mesmo assim ficamos apavorados. E isso não é apenas uma questão psíquica, uma mania pessoal, na verdade nosso cérebro reage muito mal a qualquer modificação na rotina das nossas vidas.

Já perceberam que tendemos a sentar sempre no mesmo lugar, até mesmo dentro de casa?

Fala a verdade, quantas vezes você já observou sua sala de um ângulo diferente?

Algumas pessoas passam anos indo aos mesmos restaurantes e pedindo os mesmos pratos. Outras usam o mesmo itinerário para ir e vir do trabalho, independente do tráfego ou das muitas alternativas. Existem pessoas que fazem sempre o mesmo programa, que se hospedam sempre no mesmo hotel, que convivem sempre com as mesmas pessoas, que se interessam sempre pelas mesmas coisas, que conversam sempre sobre o mesmo assunto, que fazem amor sempre do mesmo jeito...

É engraçado porque reclamamos muito da rotina, mas parece que não conseguimos viver sem ela. Quando alguma coisa não sai exatamente como imaginamos ou como estamos habituados, ficamos estressados. E isso se aplica a tudo em nossas vidas. Parece que ao mesmo tempo em que a rotina nos aborrece, ela nos acalma e relaxa.

Quantas vezes estamos nos preparando para um encontro maravilhoso com aquela pessoa maravilhosa, felizes da vida e, repentinamente, bate um friozinho na barriga porque percebemos que não temos o menor controle sobre o que vai acontecer. Será que ele vai aparecer? Será que ele vai gostar de mim? E se ele disser isso, o que eu faço? E se ele não fizer aquilo, como vai ser?

Mas, só para me situar:

Sobre o que exatamente temos o controle nesta vida?

Sobre praticamente nada, não é mesmo?

Quantas vezes nosso próprio corpo nos surpreende?

É uma unha que quebra no momento exato de sairmos para aquele jantar formal com o chefe, uma dor de barriga que nos surpreende na rua ou uma célula boazinha que um dia enlouquece.

Quantas vezes dizemos justamente aquilo que juramos nunca falar?

Quantas vezes silenciamos, porque nos escapam palavras ou nomes que não conseguimos lembrar?

No "Livro Tibetano do Viver e do Morrer", Sogyal Rinpoche diz que "(...) queremos tão desesperadamente que tudo continue como é, que teimamos em acreditar que as coisas ficarão sempre do mesmo jeito. Mas isso é faz-de-conta".

Quando nos damos conta da imprevisibilidade e da impermanência em nossas próprias vidas, costumamos lançar mão de alguns artifícios nada eficientes. A negação é o primeiro deles. Se finjo que não vejo e acredito, não existe e pronto. Este é o slogan da negação. Assim, quando finjo que não vou morrer, acredito que sou imortal. Quando roubo a idade, acredito que sou mais jovem.Quando finjo que sou perfeita, acredito que os outros me respeitarão.

Caso a negação não seja suficiente, tendemos a compensar o mal estar com rituais ou simpatias. Nesta segunda opção, eu acredito que se fizer sempre tudo daquele mesmo jeitinho, não poderá dar errado. Se eu assistir o jogo do Brasil sentada no mesmo lugar, usando a mesma camisa, o placar será à nosso favor. E quando um "estraga prazeres" me diz que isso é besteira, porque o Brasil tem chances de perder, rapidamente respondo: "Bate tres vezes na madeira e sai para lá urubu!"

E assim vamos. Caiu sal na mesa? Joga um punhado para trás. Precisa de dinheiro? Vira o ano de amarelo.Está sozinha? Bota o coitado do Santo Antonio de castigo, de cabeça para baixo, que rapidinho um candidato aparece. Para olho gordo, galho de arruda, sal grosso e olho de boi. Visita chata, sogra ou vizinha faladeira, nada melhor do que vassoura atrás da porta.

Quando a negação e os rituais falham, rapidamente direcionamos nossa artilharia pesada para o outro. Sim, justamente aquele que está mais próximo, logo aí ao seu lado, não importa se na fila do banco ou sob o mesmo teto...

E criticamos, analisamos, criticamos novamente e finalmente determinamos como eles devem viver suas vidas. Reparamos o quanto uma vizinha engordou, envelheceu ou rejuvenesceu (artificialmente, é claro!). Arrasamos aquele que chega rápido ao auge profissional, desconfiando da sua capacidade. Ao mesmo tempo em que acusamos de preguiçoso o que não foi tão bem assim. Uma mulher determinada e forte, é mandona ou até machona. Um homem doce, pode ser um gay que ainda não saiu do armário...

Enfim, projetamos no mais próximo a sombra de nós mesmos, os nossos temores e as nossas falhas.

Em uma de suas músicas Caetano diz: "Eu te amo, mas você não tem nada a ver com isso."

Eu diria: Eu te critico e não te aceito, mas você não tem nada a ver com isso!

Na verdade, nenhuma dessas defesas resolve o verdadeiro problema. É como se fossemos armados de Bala Juquinha combater o tráfego no Complexo do Alemão, depois de passar uma vida inteira negando sua existência...

A única arma eficiente e o único ritual realmente mágico é o nosso olhar sobre nós mesmos. Ter coragem e se perguntar diariamente porque temos tanto medo, o que podemos fazer por nós e porque o outro nos incomoda tanto é o único caminho. A perspectiva muda, é claro. Dá trabalho, não resta dúvida. E assusta também, pelo que já falamos, mas a mudança é sempre para melhor!

No "Bhagavad Gita", A Sublime Canção, Krishna diz a Arjuna:

"Aceitando prazer e sofrimento, ganho e perda, vitória e derrota com a mesma serenidade de espírito, entra na peleja e não percarás!"

Em tempo: quem fala (ou escreve, no meu caso) é o primeiro a ouvir as próprias palavras...