Francisco Peixoto Lins,, o Peixotinho como todos o conheceram, nasceu em 1º de fevereiro de 1905 na cidade de Pacatuba, no Estado do Ceará, filho de Miguel Peixoto Lins e Joana Alves Peixoto. Perdeu os pais ainda criança e passou a viver com os tios maternos, em Fortaleza. Iniciou a sua educação em um seminário, onde lhe surgiram sérias dúvidas quanto a existência de Deus, em função das diferenças sociais marcantes que percebia à sua volta e do nascimento de seres anormais.
Aos 14 anos mudou-se para o Amazonas em busca de melhores condições de vida nos seringais. Mas dois anos depois resolveu retornar a Fortaleza, onde surgiram as primeiras manifestações de sua mediunidade. Mas, como ainda não sabia lidar com a sua faculdade mediúnica, foi inicialmente envolvido por Espíritos sofredores que faziam dele um valentão envolvendo-se em brigas apesar de seu físico infanti. Em um episódio em que, após travar luta com vários homens, foi transportado para uma praia deserta e distante, fisicamente ileso, chegando a ser considerado morto, estado do qual despertou após mais de 20 horas de amortalhado. A seguir adveio-lhe uma paralisia que o prostrou por seis meses. Nessa fase, um dos seus vizinhos, membro da Sociedade Espírita de Fortaleza, solicitou permissão à sua família para prestar-lhe socorro espiritual com passes e preces. Ninguém em sua casa tinha conhecimento do Espiritismo e, uma vez que o tratamento médico a que se submetia não lhe dava nenhuma esperança de restabelecimento, acabaram aceitando a ajuda do vizinho.
Foi iniciado o tratamento com o Evangelho no Lar, passes e água fluidificada. A fim distrair-se, Peixotinho começou a ler alguns romances espíritas e posteriormente as obras da Codificação kardequiana. Em menos de um mês apresentou sensível melhora em seu estado físico e foi progressivamente libertando-se da falsa enfermidade. Logo que conseguiu andar, passou a freqüentar o Centro Espírita onde militava o grande tribuno Vianna de Carvalho, que na época estava prestando serviço ao Exército nacional em Fortaleza.
O conhecimento da lei da reencarnação veio responder seus velhos questionamentos, dirimindo todas as dúvidas que o Seminário não conseguira desfazer. Orientado pelo major Vianna de Carvalho, Peixotinho iniciou seu desenvolvimento mediúnico. Tornou-se um dos mais famosos médiuns de materializações e efeitos físicos. Por seu intermédio produziram-se as famosas materializações luminosas e uma série dos mais peculiares fenômenos. Quando ocorriam as materializações, seu corpo tornava-se translúcido e podia-se ver o ectoplasma saindo através de sua boca e dos seus ouvidos que daria forma ao espírito comunicante. Muitos desses espíritos materializados colocavam as mãos, braços ou pés em baldes com parafina líquida ferevnte, deixando moldes perfeitos a fim de atestar a veracidade desses fenômenos. Alguns desses moldes encontram-se até hoje expostos no Centro Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro.
Em 1926 mudou-se para o Rio de Janeiro, então Capital da República, e se apresentou para servir no Exército na Fortaleza de Santa Cruz. Posteriormente foi transferido para Macaé (RJ), onde iniciou propriamente sua prática espírita, fundando Grupo Espírita Pedro. Também em Macaé, em 1933, constituiu família, contraindo matrimônio com Benedita (Baby) Vieira Peixoto.
Sua vida militar foi intercalada de transferências, mas, para onde era transferido, fixava residência com a família e ali fundava um posto de receituário homeopata. Mas, apesar de sua eficiência no receituário, foi um sofredor, portador de asma, que compreendia ser a sua provação. Mesmo assim, era alegre e brincalhão, e por muitos considerado uma criança grande.
Como médium soube viver, sem nunca comerciar seus dotes mediúnicos. Viveu pobre e exclusivamente dos seus vencimentos de oficial da reserva do Exército, reformado que foi no posto de capitão. Dedicou-se muito ao tratamento de casos de obsessão, chegando mesmo a, por várias vezes, levar doentes ao próprio lar, onde os hospedava junto de sua família. Passou por testemunhos sérios e sofreu ingratidões que soube perdoar, não desanimando nunca de servir.
Em 1948 encontrou pela primeira vez o médium Chico Xavier, na cidade de Pedro Leopoldo, onde participou de sessões de materialização e de assistência aos enfermos, ocorrendo a partir daí muitos outros encontros. Grande número das sessões no Grupo André Luiz e em Pedro Leopoldo são narradas por Ranieri em seu livro "Materializações Luminosas".
Peixotinho desencarnou às 6 horas da manhã do dia 16 de junho de 1966, em Campos, deixando viúva, a Sra. Baby Vieira Peixoto, e nove filhos.
Fonte: Wikipédia
A foto abaixo é um molde, feito em parafina, do pé de um espírito materializado.
Para tanto, os espíritos pedem que se coloque no recinto uma vasilha com parafina fervente.
Então, eles cobrem o próprio pé materializado com camadas dessa parafina e esperam que esfrie.
A seguir, desmaterializam o pé, e deixam o molde como prova.
(Fonte: livro Materializações Luminosas, de R. A. Ranieri, contendo depoimento autenticado de autoridades presentes à sessão)
Na foto seguinte, vemos Chico Xavier ao lado de Peixotinho quando este materializa um espírito. Observem o ectoplasma saindo da boca do médium.
Nesta foto, Peixotino está deitado na Câmara de Materialização, doando seu ectoplasma para o espírito que já está se materializando
Fenômeno de Materialização: Segundo o Prof. Carlos de Brito Imbassahy, os fenômenos de materialização são produzidos da seguinte forma:
|