Outro dia, me diverti muito assistindo os novos comerciais do Bombril (um deles é este aí do vídeo acima) e ao mesmo tempo fiquei pensando: qual é a imagem que a mulher contemporânea está transmitindo para sociedade e para os homens.
Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), as mulheres contribuem com 40,9% das despesas de seus lares, em 32% na classe C e 25% nas classes A e B elas são as únicas responsáveis pelo sustento de suas famílias. Cada vez mais ocupamos cargos de importância, não só na Presidência da República, mas também no mercado de trabalho.
Sou da geração de transição, aquela geração que assistia o "TV Mulher" (primeiro programa dirigido às mulheres que não era só de culinária) e da série "Malú Mulher", que mostrava a vida de uma mulher separada que trabalhava ao mesmo tempo que cuidava da casa e da filha adolescente.
Hoje, olhando para trás fico pensando como era engraçado ver na TV programas que nos empurravam para o mercado de trabalho, mesmo que em detrimento de sua própria audiência (será?).
As mulheres da minha geração tinham uma enorme vergonha em dizer que não trabalhavam ou que tinham optado por serem "Do Lar". Isso era um insulto, uma traição brutal ao próprio gênero!
E não ter curso superior ou tê-lo interrompido para casar? Nossa, isso era um crime hediondo!
Na história da humanidade, sempre fomos muito pressionadas e violentadas em nosso livre arbítrio pela sociedade, por nós mesmas ou pelas duas opções anteriores ao mesmo tempo.
Mas porque pensei sobre tudo isso?
Talvez seja por que eu acredito que "erramos na mão", interpretamos mal a receita de nossa liberdade. Na luta pela igualdade social, "tomamos o gostinho" pelo poder e acabamos trocando a meta inicial pela busca da superioridade.
Antes de qualquer julgamento, quero lhes dizer que não sou machista ou feminista, aprecio muito as nossas conquistas, mas nem por isso pretendo me tornar extremista. Estudei e trabalhei enquanto criava minha filha, portanto não é uma dona de casa frustrada quem vos fala. Não é nada disso.
Na verdade, tenho visto muitas moças inteligentes, bonitas e bem sucedidas sozinhas e não por escolha própria. Outro dia, uma delas me perguntou aflita se devia contar para o namorado que tinha sido promovida à Diretora de seu setor.
_ Mas amar não é compartilhar? _ perguntei.
_ Pode até ser, mas quando ele souber disso, tenho medo que ele não agüente e termine comigo. Já passei por isso antes...
Por outro lado, um rapaz de 30 anos, bonito e também bem sucedido profissionalmente, comentou que acha a maioria das mulheres que encontra muito agressiva.
_ Como assim? _ perguntei.
_ Elas avançam na gente, têm uma postura agressiva e, se você dá seu telefone ou MSN, elas não param de te atazanar. E são muitas, nem precisa se esforçar.
É... eu acho que a vovó era quem estava certa quando dizia:
"Eles devem até pensar que mandam em nós, sabemos que não é verdade. Isso não importa muito, contanto que voce nunca deixe que eles percebam que estão errados, senão o romantismo acaba e o bolo desanda minha filha..."
Desde que o mundo é mundo, tem sido dos homens a tarefa de conquistar sua parceira, cabendo à mulher manter o relacionamento. Quando o homem conquista, protege, cuida de sua parceira ou arrisca tudo por ela, seu cérebro libera dois hormônios muito importantes: Testosterona e Dopamina. Esses são os hormônios da ação, da motivação, do sentimento de virilidade, além de excitarem na mulher a produção de Ocitocina. e Serotonina (hormônios relacionados ao sentimento de segurança, amor, paixão, alegria, otimismo). O contrário também acontece, ou seja, quando a mulher se permite ser conquistada, protegida, apoiada, seus níveis de Ocitocina. e Serotonina elevam-se, aumentando automaticamente a produção de Testosterona e Dopamina no cérebro masculino. Desculpem os termos técnicos como também a generalização e simplificação dos processos químicos cerebrais. Eu não sabia como explicar melhor.
De qualquer maneira, a natureza é fantástica, nos mostrando o quanto a parceria (e não a disputa) é fundamental e que, para que tudo corra bem, ninguém precisa perder sua identidade.
De tudo isso, o que podemos concluir é que vovó sabia o que dizia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário