Quando o Japão Estremeceu o Coração do Mundo

Quando ouvi as primeiras notícias sobre o terremoto e a tsunami no Japão, meu primeiro pensamento foi para Flavinha, do blog Compartilhando Idéias, que mora no Japão. Até que ela nos desse notícias, meu coração ficou apertadinho, apertadinho. Mas, graças a Deus ela e seu marido estão bem!

Geralmente gosto de escrever aos domingos pela manhã, mas hoje foi diferente...hoje eu não sabia o que dizer diante de fatos tão chocantes que o mundo pôde presenciar nos últimos dias. Não consigo nem imaginar a dor daquelas pessoas, quanto mais escrever sobre ela.

Pode parecer insensível da minha parte, mas procuro aprender com tudo que acontece à minha volta, mesmo quando parece distante da minha realidade.

Pessoalmente posso dizer que me senti sacudida como quem está atrasado e precisa acordar. Ao abrir os olhos, tudo me pareceu tão pequenino, tão efêmero... Dentro de mim, emoções e sentimentos muito fortes me abalavam me obrigando a reconstruir meus parâmetros de vida e de viver.

Vivemos cada dia de nossas vidas como se fossemos indestrutíveis e aqueles que amamos fossem eternos. Todos imaginamos que vamos "ficar para semente" . É assim que nos defendemos do medo que temos da morte e de morrer. Fingindo que ela (a morte) não existe, vamos tocando nossas vidas sem realmente viver...

Nos últimos tempos perdi muitas pessoas queridas da minha família, o que me fez reavaliar o meu estilo de vida e a minha forma de conviver. Passei a dar mais importância às pessoas e aos momentos que passo com elas.

 

Hoje digo claramente o que sinto, o que gosto em cada uma delas, o que elas me fizeram aprender. Amanhã pode não dar mais tempo de dizer...

Na verdade, a humanidade é uma enorme família, embora ainda não tenha se dado conta disso. É por parentesco que sofremos junto com tragédias como essa do Japão. É por parentesco que gestos excepcionais de solidariedade, ajudas internacionais e anônimas aparecem por todos os lados, tentando abafar a dor mostrando que ninguém está sozinho.

Somos todos realmente uma enorme família. Quem não pode ajudar de perto, como eu, que faça uma prece por nossos irmãos.